top of page
Fundações Superficiais

 

 

As fundações superficiais são elementos de fundação que se apoiam de forma direta ao solo (superfície), ou seja, transmitem as cargas  recebidas da estrutura diretamente ao solo.

 

Estão separadas em:

  • Sapatas

    • Isoladas.

    • Associadas.

    • Corridas.

  • Blocos

  • Radier

  • Vigas de fundação

  • Grelhas

 

A sapata isolada: “elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim” (ABNT, 2010, p.2).

 

A sapata associada: “sapata comum a mais de um pilar” (ABNT, 2010, p.3). São utilizadas quando a proximidade entre pilares impede a construção de sapatas isoladas.

 

A sapata corrida: “sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento” (ABNT, 2010, p.3)

 

 

Fonte: Modificado de Veloso (1998)

Bloco: “Elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura” (ABNT, 2010, p.3).

 

Radier: “Elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos os pilares de uma estrutura, distribuindo os carregamentos” (ABNT, 2010, p.3).

 

Vigas de fundação: “Elemento de fundação que recebe pilares alinhados, geralmente de concreto armado; pode ter seção transversal tipo bloco (sem armadura transversal), quando são frequentemente chamadas de baldrames, ou tipo sapata, armadas” (VELLOSO e LOPES, 1998, p.212).

 

Grelhas: “Elemento de fundação constituído por um conjunto de vigas que se cruzam nos pilares” (VELLOSO e LOPES, 1998, p.212).

 

Cada qual com sua particularidade cada tipologia acima têm como principal característica a baixa capacidade de carga e consequentemente de serem construídas para estruturas pequenas, não exigindo, assim, à camada do solo de apoio grande resistência.

 

Escolha do tipo de fundação:
• Natureza e características do solo no local da obra;
• Disposição, grandeza e natureza das cargas a serem transferidas ao subsolo;
• Limitações dos tipos de fundações existentes no mercado e as restrições técnicas impostas a cada tipo de fundação;
• Fundações e condições técnicas dos edifícios vizinhos; e
• Orçamento completo (material, mão-de-obra, transporte etc.) das soluções e tipologias possíveis.

 

Sequência executiva dos principais tipos de fundações superficiais (rasas):

 

Sapata:

• Marcação do eixo e faces laterais no terreno (base da sapata);

• Escavação da sapata (com ou sem escoramento lateral);

• Verifi cação se o solo previsto para a cota de apoio é compatível com a capacidade de carga do projeto;
• Execução do lastro para apoio da base da sapata (pedra preta – tipo Pará);
• Execução da forma da base da sapata;
• Colocação de guias de madeira para a ferragem do pilarete de fundação;
• Colocação das ferragens da base e ferragens dos pilaretes;
• Limpeza do fundo da sapata;
• Concretagem – concretagem do fundo (concreto vibrado) e posterior concretagem do tronco de pirâmide da sapata 
(dispensável uso de forma de madeira – concreto não vibrado); 
• Desforma e reaterro.

 

Bloco

• Marcação do eixo e faces laterais no terreno (base da sapata);
• Escavação do bloco (com ou sem escoramento lateral);
• Verificação se o solo previsto para a cota de apoio é compatível com a capacidade de carga do projeto;
• Execução da forma lateral do bloco;
• Execução do lastro no fundo do bloco (concreto magro);
• Colocação das ferragens do fundo (pé-de-galinha) e ferragens de espera do pilar;
• Concretagem – concreto ciclópico (pedra preta – tipo Pará), observar cuidados com a concretagem;

• Desforma e reaterro.

 

Vantagens:
• solução trivial com recursos da obra;
• baixo custo;
• não provoca vibrações.


Desvantagens:
• problemas nas escavações junto às divisas;
• limitações para cargas muito altas;
• solução artesanal com alto consumo de mão-de-obra.

 

 

Bibliografia

 

QUARESMA, Artur Rodrigues et al. Fundações: teoria e prática: Investigações Geotécnicas. 2. ed. São Paulo: Pini, 1998.
 

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122 – Projeto e Execução de Fundações. Rio de Janeiro, 2010.

 

bottom of page